quarta-feira, 1 de abril de 2020

O Silêncio do Céu

Conheci um viajante, seu nome, eu não lembro mais.
Havia tanta história em seus olhos, que resolvi não parar de olhá-lo.
Eu lembro da sua forma esquisita de falar. Um peregrino incansável.
Tinha o jeito de falar, de cada lugar onde cruzara. Não tinha medo de se apaixonar,
ele já havia perdido mais de mil paixões durante sua jornada.
Não pensa em parar por carência, amores passageiros se encontram por todo caminho.
Amor prudente e insubstituível se encontra isolado em um único lugar.
Então ele me disse: "se você encontrar o seu amor isolado, convide-o para ser livre, mas
não se surpreenda quando ele for embora. Talvez você não tenha sido um amor prudente."
Não há paz de espírito sem o silêncio do céu. Eu e o viajante estávamos abraçados, ele sabia
que eu não era prudente com o amor. Enquanto me consolava, eu lhe contava das inúmeras vezes
que eu me apaixonei. Uma figura controversa, um sorriso encantador, um cabelo escuro e comprido,
um olhar desafiador. Minhas súplicas de amor perfeito, um dia irão me desapontar. Mas o que o viajante me disse, ainda ecoa em meus pensamentos. "O silêncio do céu assusta quando não existe ninguém pra compartilhar a paz de espírito."

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