A pandemia me obrigou a ter que lidar comigo mesma. Chegou um ponto em que a raiva e impotência faziam eu chorar em silêncio de madrugada.
Então, imagine só, passar o tempo confinado dentro de casa. Olhando pra tudo o que acontece lá fora, através do celular, deitada na cama. Pensando em namorar.
Fome, angústia e dor dançam em disparada em meio ao caos em que vivemos. Não tenho pena de ninguém. Mas tenho raiva de muitos.
Eu tive medo e não consegui dormir, e é no silêncio ensurdecedor da dúvida que faz minha ansiedade premeditar desespero sobre o futuro.